O meu muito obrigada

Quero agradecer o dia do meu aniversário. Agradecer porque no ano que eu fiz dez anos morando nessa cidade, eu fiquei aqui pra comemorar. E olha que foi bom. Foi bem bom. niver3
Isso porque quem me conhece sabe que um dos grandes, enormes e gigantescos prazeres da minha vida é viajar. É sentir o cheiro de aeroporto, a energia de quem tá dentro de um avião, é ver o mundo lá de cima e trocar de chão. E eu amo fazer isso no meu aniversário.
Mas comemorei meus 36 em casa. Esse ano eu precisei ficar, as escolhas me fizeram ficar. E foi sensacional. De verdade. Passar a virada da meia noite conversando com minha amiga, parceira, alma gêmea e geminiana de trinta anos me fez muito feliz no primeiro minuto do dia. Quando a gente faz trinta e seis anos e sabe que tem uma pessoa assim, todo esse tempo, é de sorrir de orelha a orelha.
E nesse mesmo momento receber mensagens de pessoas queridas que te abraçam de longe por essa grande invenção que é a internet. E saber que aquele teu amigo, dono de um terreno enorme no teu coração, fez questão de te abraçar, ainda que de longe, pelo celular, é muito bom.
Ainda teve o carinho dos colegas de trabalho. E o grande carinho da minha amiga de trabalho que se deu ao trabalho de encher minha sala com balões e mais balões e mais balões.
Ver a mãe que dirigiu entre cidades só pra almoçar comigo e voltar logo depois da sobremesa e jantar com a madrinha.. dá pra morar sozinha e longe e ainda assim ter a família perto.
Agradecer aos meus guerreiros amigos que foram jantar e beber e rir comigo, debaixo de uma chuva, de uma tempestade, num dia no meio da semana. Porque eles sabiam que era importante pra mim. E foi muito divertido, obrigada de coração, minha noite chuvosa foi muito calorosa.
Quero dizer um muito obrigada aos telefonemas, às mensagens no whatsapp, no facebook. Essa tecnologia toda traz um carinho do povo do lado de lá do celular.
E pensar que construí uma família de amigos e pessoas queridas nesse tempo que fiquei aqui, que valeu a pena. Pensar que esse ano eu quis muito ir embora, começar em outro lugar. Mas as escolhas, essas ditas escolhas me fizeram ficar. Mas descobri que ficar também é bom, talvez seja tempo de criar raiz, finalmente trocar o prefixo do celular (será?) e que passar o dia por aqui, no meu aniversário, foi tão bom quanto voar.

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Dia das mães

Para as mães dos filhos que caíram na estrada – Xico Sá
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Mãe, ainda me lembro quando tu colocaste a rede no fundo da mala, mala de couro, forrada com brim cáqui, e perguntaste, tentando sorrir no prumo da estrada: “Filho, será que na capital tem armador nas paredes?”

Naquela noite eu partiria para o Recife, que conhecia apenas de fotos e do mar de histórias trazidos pelos amigos. Lembro de uma penca de fotografias em especial, que ilustrava uma bolsa de plástico que usava para carregar meus livros e cadernos. Lá estavam as pontes do centro, casario da Aurora ao fundo, lá estava a sede da Sudene, símbolo de grandeza naquele apagar dos anos 1970, lá estava o Colosso do Arruda, o estádio do Santa…

Quando o ônibus gemeu as dores da partida, aquela zoada inesquecível que carregamos para todo o sempre, tu me olhaste firme, e eu segurei as lágrimas tão-somente para dizer que já era um homem, que era chegada a hora de ganhar o mundo, pé na estrada, o mundo estrangeiro que conhecia somente pelo rádio, meu vício desde pequeno, no rádio em que ouvia os Beatles, as resenhas e as transmissões esportivas, além de todo um sortimento de novidades daqui e de fora.

Lembro que naquele dia, mãe, ouvimos juntos o horóscopo de Omar Cardoso, na rádio Educadora do Crato (ou teria sido na Progresso de Juazeiro?). Que falava dos novos rumos do signo de Libra. Você disse: “Tá vendo, meu filho, você será muito feliz bem longe”.

A voz de Omar Cardoso e o seu mantra ecoava no juízo: “Todos os dias, sob todos os pontos de vista, vou cada vez melhor!”

Foi o dia mais curto de toda a existência. O almoço chegou correndo, a merenda da tarde passou voando… e quando dei fé estava diante da placa Crato/Recife, Viação Princesa do Agreste.

Todo choro que segurei na tua frente, mãe, foi derramado em todas as léguas seguintes. Mal chegou em Barbalha eu já estava com os dois lenços de pano –outro cuidado seu com o rebento- molhados. Em Missão Velha, uma moça bonita, uma estudante que voltava de férias, me confortou: “É para o seu bem, foi assim também comigo”.

Quando chegou em Salgueiro, além dos lenços e da camisa nova -xadrezinho da marca Guararapes-, o livro Angústia, de Graciliano Ramos, um dos motivos da minha vontade de conhecer a vida, também já estava encharcado.

E assim foi a viagem toda. Com direito a soluços, que acordaram a velhinha que ia ao meu lado, quando o ônibus chegou ao amanhecer no Recife.

Arrastei a mala pelo bairro de São José e procurei a pensão mais econômica.

Sim, mãe, tem armador de rede, escrevi na primeira carta. Naquele tempo não se usava, em famílias sem muito dinheiro, o telefone. Era tudo na base do “espero que esta te encontre com saúde”, como a gente escrevia na formalidade das missivas.

É mãe, neste teu dia, que está quase chegando a hora, quero lembrar que a coisa que mais me comoveu foi tua coragem, que eu até achava, cá entre nós, que fosse dureza além da conta d´alma. Até falei, um dia no divã, sobre o assunto, como se eu quisesse que naquela despedida o sertão virasse o teu mar de pranto.

Eis que recentemente me contaste como foi duro, que tudo não passava de um jeito para não fazer que eu desistisse de ganhar a rodagem. Aí me lembrei de uma sabedoria que citava nas cartas e bilhetes, quando eu esmorecia um pouco na sobrevivência da cidade grande: “Saudade não bota panela no fogo”. E ainda reforçava: “Saudade não cozinha feijão, coragem, filho, coragem”.

Em nome das mães de todos os meninos e meninas que partiram, dona Maria do Socorro, quero te deixar beijos e flores.

Sim, mãe, agora já sabes que somos de uma família de homens chorões, são 18h40 de um sábado, e eu choro um pouco, como fazia no fundo daquela rede colorida que puseste no fundo da mala, chorava tanto nos sótãos das pensões do Recife que os chinelos amanheciam boiando no quarto, como se quisessem tomar o caminho de volta para casa.

Texto de Xico Sá: http://xicosa.folha.blog.uol.com.br/arch2011-05-01_2011-05-07.html

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Do you dare to dream? – Feliz 2015!

Começar um ano sempre vem com uma sensação de mudar tudo, mudar e melhorar, fazer isso ou aquilo, dessa vez eu prometo que faço. Parece que as coisas depois se acomodam, a rotina te engole, mas sempre existe a chance de um final de ano de novo. Eles sempre chegam. DSC03372

Topei com esse vídeo no site de um casal apaixonado por viajar e parece dedicar grande parte da energia de suas vidas em contagiar os outros com esse amor por conhecer o mundo. Perfeito. Uma bela e digna missão de vida.
(Carol e Alexis http://projetoviravolta.com)

Bom, o vídeo é um sequencia simples e fácil de compreender o que é nossa zona de conforto e os medos que nos prendem e bloqueiam. Soa lugar comum, tema batido, quase piegas. Não é nada disso. Ou é tudo isso. Mas às vezes vale a pena ouvir várias vezes a mesma música até ter a coragem de realizar alguma coisa bacana na vida. Ou várias. Isso no intervalo entre o ano novo e um final de ano, de novo.
Que tenhamos coragem de ampliar, aumentar, alargar, expandir nossa zona de conforto. Feliz e bravo 2015!

(Na foto: Olaf Breuning – Clouds)

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Mafalda, cumple 50

Parabéns Mafalda! Cinquentona sempre jovem, tão, tão atual!

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Aulão de GYROKINESIS®

Aulão de GYROKINESIS® !! 1926818_796601157020284_764697225_n (2)
Data: no próximo sábado, 13/09
Horário: 10:00 – 11:30h
Local: Studio Corpus Pilates – Balneário Camboriú
Valor: R$45,00 (R$40,00 antecipado)
Entre em contato e faça sua inscrição: (47) 9968-0437/mo_sousa@hotmail.com

Deixe o seu corpo espiralar e brinque com os movimentos possíveis que esse método é capaz de te proporcionar!

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Vai Brasillll!!!!!

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Corpo

Porque eu realmente acredito nisso, porque é uma linda e deliciosa festa!

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GYROKINESIS® – “Uma jornada através da coluna vertebral”

GYROKINESIS® – “Uma jornada através da coluna vertebral”
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GYROKINESIS®, originalmente chamado de “Yoga para Bailarinos”, é a base do método GYROTONIC®. A aula se constitui de movimentos rítmicos e suaves que trabalham o corpo inteiro.
O foco inicial é a mobilização da pelve e da coluna vertebral através de seus elementos naturais de movimento: flexão, extensão, flexão lateral para a direita, flexão lateral para a esquerda, rotação para a direita, rotação para a esquerda e circular.
A prática evolui para a mobilização das articulações em todas as suas possibilidades de movimento, passando para posturas sentadas, deitadas e em pé.
As posturas não são fixadas por muito tempo, o fundamental ocorre na transição entre as posturas através da respiração. Isso faz com que os exercícios se assemelhem mais com uma dança do que com uma aula de yoga tradicional.
923164_796601237020276_2080152449_n[1] Os exercícios enfatizam o sinergismo do movimento com a respiração, criando um fluxo energético que atinge não só a musculatura e as articulações, mas também os órgãos internos do corpo.
Essa movimentação rítmica possibilita o aumento da circulação, gera o aumento do espaço e da mobilidade articular e o alinhamento da estrutura óssea, levando a uma melhor postura e equilíbrio.
O trabalho é iniciado na posição sentada (num banquinho) e evolui para posições deitadas e em pé.
Geralmente as aulas são realizadas em grupo.

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Trinta e cinco

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Fiz 35. Só mais um número, uma data. Mas não só mais um e sim, esse. Trinta e cinco.
Dia desses, uma moça, com 35 mais 35 afirmou: esse é tempo de pessoa que sabe o que quer da vida, é vivida, experiente.
E daí, me assustei. Vivida, experiente? …depende no que e a qualidade disso. Saber o que quer da vida? …sei sim e muito bem. E mudo de ideia o tempo todo.
Vale ainda para caber no conceito da maturidade que a idade parece pedir?
O que acontece é que é mais um aniversário, mais um motivo para comemorar. A vida, a família, os amigos, as pessoas deliciosas que cruzam o meu caminho o tempo todo. Agradecer as que ficam e me enriquecem, o tempo todo.
Chegar aos trinta e cinco: esse ano teve muito choro. Daqueles grandes, de emoção, daqueles que me assustam porque não sei de onde vem tanta lágrima.
Esse ano teve muito, muito riso. Gargalhadas descontroladas. A certeza da amizade.
E depois mais choro, daquele que conheço bem, o choro de enxergar que houve sofrimento e dor e medo naqueles que mais, mais gosto.
E descobrir que isso é o recheio da vida. O riso, a dor, o medo. Os amigos. A família. Os nossos mais próximos queridos. O amor.
Acho que esse é tempo de pessoa que sabe o que quer da vida, que é vivida e experiente.

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GYROKINESIS®

Faz tempo, tempo que não escrevo nada por aqui..preciso me organizar melhor.
Mas por ora, estou em formação no método Gyrokinesis®.
Logo vou colocar umas fotos e descrever um pouco mais sobre essa “jornada através da coluna vertebral”.

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